O que esperar de um povo que considera a castanhola um instrumento musical? posted by Renato Pessanha at 11:26 AM
segunda-feira, julho 30, 2001
Não são os portugueses, nem os argentinos e muito menos os americanos. Os verdadeiros inimigos dos brasileiros são os espanhóis. Eles já controlam boa parte de nossa telefonia, distribuidoras de energia, marcham firme para o mercado editorial e não me assustarei se proclamarem o Rei Juan Carlos como Rei também do Brasil, tendo FHoC (Fernando Henrique, o Corno) como Príncipe-adjunto. Cuidado, gente, esses espanhóis não são de brincadeira. Não lhes confiem segredos. Sejam cautelosos. Lembrem-se que uma supremacia espanhola no mundo pode ser algo muito perigoso, que depõe contra a evolução da espécie humana. O maior clássico literário deles é Don Quixote, não se pode levar à sério um povo tão vulnerável literariamente. Nada contra Cervantes, mas dele em diante pouco se avançou. posted by Renato Pessanha at 2:01 PM
terça-feira, julho 24, 2001
Tem certas coisas que não compreendo. Se CUritiba, mesmo começando com essa sílada, é uma cidade tão bonitinha... como pode ser Bangu parecido com um... err... bom, deixa pra lá! posted by Renato Pessanha at 9:54 AM
quinta-feira, julho 19, 2001
Esclareçam-me uma dúvida que tenho há muito tempo. Na Passarela do Samba (ou Sambódromo) exatamente na Praça da Apoteose, área de dispersão dos desfiles, em cima do Museu do Carnaval, há um "arco" em formato de M. Já ouvi duas versões para o seu significado. Uma é de que seria uma águia (ou garça) e outra de que seria a visão de uma mulher deitada usando um biquíni fio dental. De fato cada parte do "arco" pode representar uma banda da bunda, mas sempre julguei isso como papo de bêbado. Alguém sabe o real significado daquele monumento? O que ele representa? Ou será que tem o mesmo valor do Obelisco de Ipanema? posted by Renato Pessanha at 1:10 AM
"Essa pergunta é muito boa" ou "é muito bom que essa pergunta tenha sido feita". Seja uma ou outra, além das inúmeras variações que pode-se ter, essa pergunta serve para dizer que não há resposta plausível, ou seja, nada de prático e útil será dito. Ignorem as respostas que vêm seguindas de frases de efeito como estas, elas só servem para te enganar. posted by Renato Pessanha at 12:39 AM
segunda-feira, julho 16, 2001
"Sou favorável a doação de órgãos, desde que duas condições sejam satisfeitas:
1. Só doar após consentimento por escrito de minha família;
2. Bunda não é órgão, certo?"
RP - 06/01/1998 posted by Renato Pessanha at 3:51 PM
domingo, julho 15, 2001
Todas as Delegacias policiais aqui do Rio estão sendo colocadas a baixo e novas estão sendo construídas com o nome de Delegacia Legal. Legal, só se for para quem prende. posted by Renato Pessanha at 10:59 PM
Eu já falei sobre pintura com vocês? Não? Pois vou corrigir esse erro brutal. Para não ficar nos clássicos e já reconhecidos mestres, vamos tratar de dois símbolos sul-americanos recentes. Um é o consagrado colombiano Fernando Botero, o outro é o pernambucano Romero Britto. De gerações e técnicas diferentes, eles têm algo em suas obras que me parece similar, o sentimento embutido de nacionalidade mostrados nas simetrias das linhas e cores escolhidas. Botero para mim pinta envolvido na mesma áurea que leva Grabiel García Márquez, seu conterrâneo, escrever seu valiosos livros. Tudo muito opaco, pouco agressivo e esperançoso. Muita imaginação para uma realidade muito cruel e pungente. Botero retrada, na maior dos seus trabalhos, figuras gordinhas e simpáticas. Aborda inúmeros temas de forma singular e simples. Culturalmente apropriada para a atmosfera que ele, junto com Gabriel, criaram na Colômbia. É a isso que se chama de período cultural. O Barroco e o Romantismo nada mais foram que período em que havia uma condição propícia para que artistas se integrassem de alguma forma subjetiva e independente, mas com um sentimento único e representativo de uma época ou região. Como somos tolos de não atentarmos para essa oportunidade singular que temos de ser conterrâneo de Botero e Gabriel García Márquez.
Mas o que Romero Britto tem a ver com isso? O simples fato dele ter ido para um outro país, os EUA, e mantido as cores que tão apropriadamente mostra a multiplicidade natural brasileira. Eu chego a dizer que é o Miró brasileiro. Nada é mais Catalão que Miró. Ninguém traduz a sua região em cores tão bem quanto Miró. E Romero Britto faz o mesmo quando se trata de Brasil. As linhas de Romero em nada se parece com as de Botero. Romero reúne conteúdos cubistas (Pablo Picasso, por exemplo) misturado com Pop Art. E as cores de um Miró brasileiro, por quê não?
As similaridades com Botero, então? É o fato de terem a alma de seus países em cores e linhas.
A simples leitura das Brumas de Avalon é suficiente para estimular alguns questionamentos sobre as limitações que à Religião impõe ao mundo. Agora, que chego ao fim do Anticristo (com breves pausas para Rápidas Palavras), tenho a impressão, simplista em sua forma, que o Anticristo questiona em bases cultas o que As Brumas fazem em tom popular. O interessante é que tudo no Anticristo é pautado com sobriedade, confesso que fui armado de certo preconceito (por que não dizer assim?) esperando um contestador mais radical, diria até mais dogmático, em busca da afirmação de sua linha de pensamento. Mas isso foi de uma tolice arrebatadora, justo ele um contumaz oponente dos dogmas. Como já falei em outras oportunidades para alguns, demorei muito a encarar Nietzsche devido a uma enorme propaganda a que fui submetido. Quando quis ver o Cristianismo sob outra ótica, procurei, por exemplo, As Brumas. Tudo para enfrentar Nietzsche desapegado de expectativas ou sob o risco de me contaminar por ele com suas idéias. O que fica do Anticristo é que Nietzsche é totalmente pró-Cristo, anticristianismo por certo, mas nunca anti-Cristo em essência. Sabiamente essa obra possibilita que se seja mais indagativo, sem necessariamente perder o sentimento de religiosidade. Poderíamos traçar um paralelo entre as regras, leis, princípios ou seja lá o nome que se queira dar aos ditames religiosos com as Leis e Códigos do mundo dos Homens. Em tese, a diferença clássica, seguindo essa ótica, é que a segunda não interfere na maneira de pensar, dita regras, mas não incute princípios restritivos ou moralistas. Ou seja, é possível haver conciliação entre a contestação proposta e a religiosidade, ao menos é assim que me comportarei. Estou curioso por Zarathustra.
A Marinha brasileira teve a honra de me receber para uma visita no sábado retrasado. Não houve nenhuma recepção especial, não tinha banda e nem tropa perfilada, seguramente já sabiam que minha discrição não apreciaria essas manifestações. Tratava-se do submarino mais moderno do Brasil, outro estava no forno para tomar este título para si. Francamente ainda não entendi como quarenta e poucos homens conseguem viver naquele aperto. Apartamento conjugado tem ares de mansão, se comparado. Muitas explicações sobre o funcionamento dos motores, parte armamentística e da tecnologia envolvida. Soube que usam um processador Zilog Z-80, o mesmo processador que teve o privilégio de me apresentar ao mundo da informática. De quebra, passei ao lado do recém adquirido porta-aviões São Paulo, comprado da França e que esteve em combate na Guerra do Golfo. Foi uma visita bastante instrutiva. A Marinha brasileira deve estar orgulhosa. De ter me recebido, é claro.
Cara, essa Senadora Heloísa Helena é espetacular. Que mulher de fibra. Tem uma personalidade de assustar muita gente. Soube que ela, antes de entrar para a política, era enfermeira. Talvez fosse uma mulher pacata. Lutadora, mas de estilo mais sóbrio, mas tranquila. É por isso que tenho medo de me casar. Já pensou se caso com uma Heloísa Helena da vida? Um dia a mulher é uma doce esposa e no outro se transforma numa Leoa? É de assustar. posted by Renato Pessanha at 5:27 PM
Devido a falta de tempo, fiquei um período sem postar nada. Pois é chegada a hora de fazer uma grande revelação!!!
Vou na De Plá e volto já. posted by Renato Pessanha at 4:25 PM
sexta-feira, julho 06, 2001
- Hoje em nosso programa vamos falar com o identificador da maneira-classe-média-de-pensar. Como vai, Sr. Renato?
- Bem, obrigado.
- Sr. Renato, o senhor identificou um método, que chama de maneira-classe-média-de-pensar, poderia nos explicar melhor do que se trata?
- Pois não, a maneira-classe-média-de-pensar é uma forma padronizada e altamente fútil que a sociedade criou. Em geral leva-se ao nada, quando muito perde-se um tempo precioso discutindo-se obviedades que, como o próprio nome demonstra, deveriam ser evitadas. A maneira-classe-média-de-pensar é ampla e atinge várias formas e maneiras.
- É então algo negativo?!
- Sim, altamente negativo. Perde-se muita energia com a maneira-classe-média-de-pensar e seus resultados são pífios.
- O senhor é conta a maneira-classe-média-de-pensar...
- Sim, exatamente...
- Mas o senhor não é contra a classe média ou as pessoas que a compõe, correto?
- Claro, não sou.
- O senhor pode nos dar um exemplo dessa maneira-classe-média-de-pensar?
- Perfeitamente. Essa nossa entrevista é um bom exemplo. A pergunta que você me fez a pouco ilustra bem a maneira-classe-média-de-pensar.
- A qual pergunta o senhor se refere?
- A que demanda se eu sou contra a classe média, a culpa pela generalização. Qualquer pessoa livre da maneira-classe-média-de-pensar jamais faria esse tipo de pergunta. Se eu digo que os japoneses são feios, a maneira-classe-média-de-pensar automaticamente pressupõe que eu falo de TODOS os japoneses ou, na pior das hipóteses, sou racista.
- Mas essa dedução, a de generalizar, não é algo correto de acontecer ou de se questionar?
- Não. É uma maneira inútil de querer mostrar alguma inteligência, de prolongar o papo, de se vitimar, mas nunca de travar uma conversa produtiva e objetiva. Perde-se tempo com fatos mais do que claros. Como eu poderia julgar toda a classe média, se eu não conhece TODOS que a integram? Generalizar é de uma ignorância à flor da pele. Eu jamais poderia falar de toda a classe média, por que eu jamais teria condições físicas, que seja, de conhecer todos os seus integrantes.
- E perguntas seguindo a maneira-classe-média-de-pensar pode gerar resposta em igual método?
- Sim, é o que mais ocorre. Observe a resposta que dei a pergunta da generalização. Simplesmente neguei. Um componente seguidor da maneira maneira-classe-média-de-pensar iria fazer todo esse discurso que fiz, defendento a impossibilidade de generalizar, logo no começo. A resposta eficiente para sua pergunta é a simples negação.
- Mas o senhor respondeu, como disse, a questão da generalização...
- Sim, mas respondendo a outra pergunta sua. A um pergunta direta, não nada indireto ou suposições de minha cabeça.
- Sr. Renato, muito obrigado por sua entrevista.
- De nada. posted by Renato Pessanha at 10:51 AM
quinta-feira, julho 05, 2001
"As narinas crescem proporcionalmente ao tamanho dos dedos." - RP - 29/07/1997 posted by Renato Pessanha at 1:22 PM
quarta-feira, julho 04, 2001
Um dos cânceres do mundo é a maneira-classe-média-de-pensar. Nada é mais bisonho que a maneira-classe-média-de-pensar. Tudo bonitinho, acertadinho, combinando e altamente fútil. Existe um glamour inócuo por essa forma de agir, pensar e sentir. A maneira-classe-média-de-pensar é de uma banalidade absurda. Não é nada contra a classe média, mas sim com a atitude típica que muitos que a compõe assumem. Existem pessoas nas classes alta e baixa que também tem esse tipo de pensamento, mas ele é basicamente compartilhado por integrantes da classe média. Prefiro a originalidade dos integrantes da classe alta e baixa. Os da alta pouco se importam com a aparência que os da média precisam demonstrar a todo momento. Eles, os da alta, já estão inseridos na sociedade, os da média têm uma luta constante para se afirmarem. Interessante observar que integram verdadeiramente a classe baixa fazem os seus churrascos regados a cerveja, vinho de garrafão e batidas - cujas receitas alegam sempre ser exclusivas - sem nenhuma cerimônia, tudo muito à vontade. Sofrem as privações que sua categoria econômica impõe, mas ao menos têm almas libertas. posted by Renato Pessanha at 5:49 PM